quinta-feira, 5 de julho de 2012

Beer and Love, dude!


Hoje eu trabalhei por onze horas. Aliás, você sabe que seu post está começando bem quando o primeiro verbo inserido é “trabalhar”, especialmente se ele vem seguido de qualquer referência, mesmo que vaga, ao intervalo de tempo de 11 HORAS. Por que essa informação é necessária? Simples: Depois de trabalhar por tanto tempo, resolvi que merecia uma Heineken bem gelada, dei meus R$ 3,50 para a chinesinha do trailer no fundão, e vim para casa feliz tomando a minha Heineken. No ônibus, após secar a breja, fiquei olhando para os títulos da Heineken no rótulo, com uma pitada de orgulho alheio, e comecei a imaginar o quanto as pessoas à volta deviam estar me achando um puta alcoólatra, pois parecia que eu estava apaixonado pela cerveja. E, de certa forma, eu estava, Não pela cerveja em si, mas por todos os méritos que ela já conquistou, mas essa introdução já está se desviando muito do propósito do post... Junte a ideia do quanto as pessoas deveriam estar me julgando a uma mente extremamente propensa a epifanias (criativas ou não), e você tem toda a ideia desse post me ocorrendo de uma vez. E aqui ele começa:

Cerveja é igual a amor. Ponto. Por uma série de aspectos possíveis, essa máxima é extremamente verdadeira, e deve ser encarada com a maior seriedade daqui por diante. Por exemplo, cerveja pode, se ingerida em quantidade suficiente, mexer um tanto com a sua cabeça. O amor também. Cerveja traz um equilíbrio delicado entre o amargo e o adocicado, e para continuar tomando cerveja você tem que aprender a apreciar (e não apenas aceitar) ambas as partes, e o amor também. Às vezes você gosta tanto de uma cerveja, que não a trocaria por nenhuma outra marca de cerveja, ou, para os mais extremistas e carentes, por coisa alguma, e exatamente a mesma coisa pode se dizer do amor. Eu seria capaz, e acredito que muitos apreciadores de cerveja iriam pelo mesmo caminho, de passar um dia inteiro com cerveja, e estaria muito satisfeito, obrigado. A mesma coisa se diz a respeito do amor. Ambas as coisas dependendo do dia, é claro! Cerveja é um item muito bom para se levar ao cinema, e a estreia de Prometheus pode confirmar isso muito bem por mim. Da mesma forma, é sempre um bom programa levar seu amor ao cinema (e interprete isso como quiser, inclusive como amor PELO cinema). Uma verdadeira cerveja nunca te abandonará, a não ser que você esqueça onde botou o copo. Fica a dica em relação ao amor também, e acho que essa é a frase mais piegas que já escrevi. Às vezes, ao final de um dia cansativo, uma cerveja pode te servir de recompensa e abrigo. So does love. A cerveja e o amor são capazes de te munir da coragem para quase qualquer coisa, seja essa “qualquer coisa” uma discussão dialética, uma situação difícil envolvendo vizinhos, um cara estranho olhando para a sua namorada, a dificuldade de ser sincero com alguém, ou uma batalha épica contra gigantes do gelo. Você escolhe! Mas nem sempre a coragem vinda do amor, ou da cerveja, deve ser levada adiante. Beber cerveja e dirigir não é uma boa ideia. Em certas ocasiões, isso é válido também para o amor, vocês entendem?  Cerveja pode ser um estilo de vida, pode te fazer despertar novas facetas de você, pode te mover a escrever poesia, e o amor também. E, é claro, cerveja demais pode deixar tonto, piorar bastante a sua silhueta, te deixar barrigudo e, talvez, até indesejável. Mas experimente estar em um relacionamento amoroso para ver o quanto a nossa máxima permanece verdadeira? Cerveja demais pode te fazer falar coisas das quais você provavelmente se arrependerá, e serão motivo de embaraço na frente de seus amigos, mas nada tão grave quanto estar apaixonado, e você sabe disso! Nem sempre é bom misturar duas cervejas diferentes, e eu tenho pena de você se você está apaixonado por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Por fim, cerveja demais pode te deixar com ressaca, mas nada como a ressaca moral de quando você cai do status de “amor demais” para “acabou o amor”. Com todos esses sofismas babacas ditos, reafirmo a máxima: Cerveja é igual a amor. Eu diria que há apenas uma diferença, mas acabo de me lembrar que, embora eu não saiba muito bem qual a composição do amor, eu sei que cerveja (salvo algumas exceções mais elaboradas) são compostas de água, malte, cereais não-maltados (às vezes), e levedura. Além disso, você pode amar antes de ter 18 anos, além de alcoolismo ser algo muito mais triste do que ser viciado em amar demais. Mas, tirando esses mínimos detalhes, podemos dizer que a PRINCIPAL diferença entre as duas coisas é a seguinte: Sem exceção, todos os tipos imagináveis de cerveja têm, necessariamente um fim. Ele fica ao fundo da garrafa e, se você beber rápido demais, sua cerveja acabará logo. É triste, crianças, mas é verdade: Todo tipo de cerveja acaba um dia. Mas nem todo tipo de amor.

Isso pode ser encarado, na realidade, por duas óticas:

1 – Se bem cultivado, e ocorrer entre duas pessoas dispostas e minimamente compatíveis, o amor é melhor do que cerveja, uma vez que pode te embebedar para sempre, e você não necessariamente agirá igual a um idiota por isso. Love rocks!

2 – Enquanto o amor pode se arrastar para sempre e se tornar extremamente monótono e afogante, se você estiver enjoado da sua cerveja, você provavelmente irá parar ao final da sua saideira. Beer rocks!

Foi esse o post. Pareceu melhor quando eu escrevi na minha cabeça, no ônibus do que agora quando ele está, de fato, sendo escrito. Mas provavelmente é só a Heineken indo embora do sistema. =D